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Conhecendo
o telescópio
Os
principais tipos de telescópios com relação
à ótica utilizada são:
O 'F' na imagem é o ponto focal do telescópio
(ponto onde os raios de luz que incidem na ótica
convergem).A distância da lente/espelho ao ponto
focal é a distância focal do telescópio
e determina as suas características.
-
Telescópios
Refletores utilizam um espelho primário côncavo
para coletar a luz e formar a imagem. No telescópio
refletor Newtoniano, a luz é refletida para um
pequeno espelho inclinado em 45º que desvia a luz
para uma abertura lateral do tubo, onde fica a ocular.
São os telescópios de melhor custo-benefício
encontrados, portanto muito indicados para o nível
introdutório.
A
ótica de um telescópio é composta por
duas partes básicas:
-
Objetiva:
Lente ou espelho ou combinação de ambos,
que ficam direcionados para o objeto da observação
(daí seu nome).
-
Ocular:
Lente ou grupo de lentes que tem a função
de levar a imagem da objetiva aos olhos.
As
oculares:
Oculares
são lentes intercambiáveis que influenciam
nas características óticas do telescópio
como:
Existe
muitos tipos de oculares que vão desde a mais simples
do tipo Ramsdem, com apenas dois elementos óticos,
até as sofisticadas e caras Nagler com ótica
de seis ou mais elementos. Cada tipo possui características
peculiares quanto à largura do campo de visão,
correção e eliminação de aberrações.
Uma
típica ocular do tipo Plossl (figura abaixo), que
é muito popular devido ao bom custo-desempenho que
oferece.
As
características básicas dos telescópios:
Muitas
pessoas que visitam observatórios astronômicos
ficam curiosas para saber qual o aumento proporcionado
por um telescópio profissional. Em geral, surpreendem-se
bastante com a resposta. Como é possível
então que na propaganda de pequenos instrumentos
para amadores sejam anunciados aumentos equivalentes ou
mesmo superiores? A principal característica de
superioridade dos telescópios é o poder
de resolução, o qual é diretamente
proporcional ao diâmetro da objetiva e determina
a capacidade do telescópio em isolar e tornar acessível
detalhes muito sutis. Portanto o aumento é
o fator de menor importância na avaliação
da qualidade de um telescópio. Não acredite
em telescópios onde o aumento é colocado
como principal característica.
Obs:
O comprimento focal do telescópio é ajustado
na construção do espelho ou lente e determinará
as características fixas do telescópio.
Para
calcular o aumento é só dividir o comprimento
focal do telescópio pelo comprimento focal da ocular
ex:
Aumento
(vezes) = Comprimento focal telescópio (em mm) /
Comprimento focal da ocular (em mm)
-
Abertura. Dado de grande importância
na qualidade da imagem de um telescópio, determina
o poder de resolução e a quantidade de
luz que o instrumento será capaz de capturar
e consequentemente a capacidade de observar detalhes
sutis de objetos de pouca luminosidade (galáxias,
nebulosas etc...).
A
Abertura ou Claridade depende do comprimento
focal telescópio e do diâmetro do espelho
ou lente objetiva, ex:
Abertuta
= Comprimento focal telescópio (em mm) / diâmetro
do espelho ou lente objetiva (em mm)
Fazendo
uma tabela das aberturas é possivel, de uma maneira
simplificada, classificar os telescópios da seguinte
forma:
Abertura
|
Claridade
|
4
|
Muito
claro
|
6
|
Claro
|
8
|
Claridade
média
|
10
|
Pouco
claro
|
12
|
Escuro
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Comprimentos
focais longos produzem maior aumento, mas, diminuem a claridade
e estreitam o campo de visão. Também deixam
os telescópios mais longos e difíceis de transportar.
Comprimento
focais curtos produzem menor aumento, porém com maior
luminosidade e maior largura do campo de visão e
facilita o transporte. A escolha depende da aplicação
e do tipo de observação.
A
montagem
é uma parte importante do conjunto. Deve ser firme
e estável e permitir movimentos suaves e facilidade
de posicionamento em qualquer parte do céu, ou você
passará as noites brigando com o telescópio
ao invés de observar o céu.
Há dois tipos básicos de montagem:
-
Altazimutal,
mais simple e muito usada em construções
caseiras de telescópios na versão conhecida
como montagem Dobsoniana. Atualmente é o padrão
adotado dos modernos telescópios computadorizados,
pela simplicidade e não necessidade de posicionamento
prévio. Ela proporciona um movimento de rotação
da base com eixo perpendicular ao solo, e o movimento
basculante do tubo do telescópio.
-
Equatorial,
mais complexa e requer posicionamento correto, sendo
que um dos eixos de movimentação deve
apontar exatamente para o polo celeste, (veja detalhe
na foto abaixo). Após o correto posicionamento,
atuando apenas em um dos controles você acompanha
a trajetória do objeto no céu.
Montagem
Azimutal
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Montagem
Equatorial
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Nos
dois tipos de montagem existem versões equipadas
com motores, conhecido como 'Clock Drive', que compensam
a rotação da terra e mantém o telescópio
fixo na observação. No caso de astro-fotografias
o 'Clock Drive' é um requisito obrigatório.
Com
relação à montagem Dobsoniana vale
ressaltar que ela vem sendo largamente utilizado na astronomia
amadora mundiall, devido às possibilidades de construções
extremamente portáteis. Mesmo telescópios
com espelhos de até 40 polegadas podem ser transpórtados
em automóveis ou pequenas vans. Esses telescópios
conhecidos como Super-Leves ou Ultra-Leves solucionaram
o problema do transporte de grandes telescópios e
é uma boa opção para aqueles mais familiarizados
com montagens e que desejam um telescópio maior.
Veja
esse exemplo abaixo um telescópio Dobsoniano super-leve
de 16 polegadas montado e desmontado:
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